Standing still – nunc stans

 

 

 

pastandfutureHá uma parábola de Kafka que pertence a um conjunto de textos  com reflexões em torno de temáticas da metafísica.

Na história há um homem que tem dois antagonistas, o primeiro que o empurra por detrás, e um segundo que lhe bloqueia a estrada em frente. Ele dá luta aos dois. Na realidade o primeiro apoia -o na sua luta com o segundo, porque o quer empurrar em frente; da mesma forma que o segundo o apoia na luta com o primeiro, que o empurra para trás. Mas isto é o em teoria. Porque não são só os dois antagonistas que ali estão, ele também está, e quem saberá das suas intenções?

Temos então a presença deste homem, com uma “origem”, o seu nascimento, e com um fim, a sua morte, e por isso em qualquer momento está entre eles, esse  estar “entre” chama-se o presente.

E seduzida pelos vários  fios e correntes de ideias associadas a  esta parábola descubro a referência a uma prática de meditação medieval – nunca stans – eternity as a standing still of time.

Reflexões sobre Zhan Zhuang Chi Kung